Jardins de Hogwarts

Vejo que Vinicius já esta bem melhor, ouço a explicação.

Olho para Lyanne que parecia estar em choque, realmente estava assustada.

Mas se era um simples duelo por que ela estaria em choque, ela deveria estar eufórica por ter vencido.

Quando me preparava para levantar, Rebeca começa a falar, confirmando tudo que Vinicius tinha dito, e vai para o lado de Lyanne e a abraça.

Vejo Rebeca acalmando Lyanne, decido então falar com Vinicius, chego perto do rapaz e falo para que só ele pudesse me ouvir.

Eu tenho uma ideia do que aconteceu aqui, não foi nem perto de um duelo, mas se Rebeca não te denunciou, isso quer dizer que ela não estava inocente na história, vou entender que voces dois estavam de acordo com o que ia acontecer, e a senhorita Lyanne apenas viu de forma equivocada a cena e te atacou.

Mas vou aceitar sua versão, por enquanto.

Só tome mais cuidado em uma em uma proxima vez, entendeu senhor Carmilium?

Me levanto e vou para perto de Lyanne e Rebeca.

Senhorita Lyanne e senhorita Dibois podem se acalmar seu amigo esta pronto para outra.

Mas mesmo assim aconselho que as senhoritas acompanhem ele a enfermaria, para terum diagnostico mais preciso de seu estado atual.

Assim que Vinicius esculta o professor que se levanta e sai pra falar com a Rebeca e a Lya logo depois se vira pra sair dali então Vini se levanta e com o dedo indicador aponta para sua propria cabeça, dizendo para o professor ler sua mente e revela em pensamento.

"Obrigado professor por não fazer tantas muitas perguntas! Sei que o senhor é inteligente o bastante para relacionar as provas mas mesmo assim deixou pra la. Valeu!

em seguida Vini passa a mão na perna limpando o sangue da cabeça, escuta o professor dando a ordem para as alunas levarem no para a enfermaria então ele diz já totalmente recuperado.

-É professor seria bom mas acho que não precisa, pois já estou bem !

Eu sentia uma mistura de todas as emoções me abraçarem. Medo, culpa e até mesmo uma infinita alegria por ter sido tão bem sucedida na execução do feitiço. Eu ainda queria fazer algo, mas não me sentia segura. Meus olhos ainda encaravam os olhos do professor e as vezes passavam pelo rosto de Vinicius. Eu senti braços me envolverem e a mesma voz acusadora tentando me acalmar. Tentei me deixar levar pela voz, tentei me concentrar nela, mas ela me suava tão distante.

Que é isso Lya? - Calma. Calma, não foi por mal - Eu peguei pesado com você. Me desculpa Lya?

Eu senti braços me envolverem e me acalmarem. No começo estava dando certo, mas a cena se repetia tantas e tantas vezes que eu não conseguia me acalmar verdadeiramente. Eu balancei a cabeça e me afastei do abraço de Rebeca.

-Tudo bem - minha voz saiu muito fraca, quase num sussurro - Ele ta bem?

Vi o professor sussurrar algo para Vinicius e depois se voltar para Beca e eu..

Senhorita Lyanne e senhorita Dibois podem se acalmar seu amigo esta pronto para outra.

Mas mesmo assim aconselho que as senhoritas acompanhem ele a enfermaria, para terum diagnostico mais preciso de seu estado atual.

Um arrepio percorreu meu corpo, se tinha uma coisa que eu mais detestava e evitava a todo custo era a enfermaria. Eu não ia leva-lo para la, mesmo eu quase tendo-o matado. Deixei minhas pernas cederem e sentei-me no chão desajeitadamente.

-Acho que a Rebeca pode leva-lo. Eu.. - olhei para os lados - eu fico aqui.

Eu ja estava me recuperando do choque, apesar de ainda estar tremendamente palida e com frio. Olhei para o professor e depois para os meus amigos..

-Não se importam não é?

No fundo no fundo, eu ja sabia o que iria fazer. Precisava da ajuda de alguem, mas não sabia quem. Nao queria perturbar meu tio, então ele estava fora da lista, e não tinha certeza se o professor Asrael teria tal conhecimento para poder lhe ajudar com isso. Independentemente, eu estava decidida, não iria passar o dia, ou uma noite sequer com essas imagens me atormentando a consciencia. Se bem que eu merecia, mas não ... era melhor desse jeito. Voltei meu olhar para o professor, mas a suplica ja estava estampada nele antes mesmo de eu ter a intenção de pedir.

-Professor, eu poderia ter um momento com o Sr. a sós? Por favor!

Eu sabia que ele não era nenhum tapado, que de uma forma ou outra ele sabe o que ocorreu aqui. Afinal, quem entraria em choque por vencer um duelo. Se bem que, talvez eu conseguisse essa façanha, mas mesmo assim. Olhei para Vini e depois para Beca.

-Acho que é melhor seguir o conselho do professor Vini, antes que eu resolva te mandar pros ares denovo.

Tentei sorrir, mas o sorriso não chegou aos labios. Para falar a verdade, a brincadeira mais me causou arrepios do que diversão. Era fato, eu ia querer ajuda..

Realmente Lya estava estranha. Tentou chegar mais na amiga, porém de alguma forma surtiu o efeito pretendido. Algo realmente estranho estava acontecendo. Ela pedia para conversar com o professor e este era o momento perfeito para deixar os dois a sós.

- Venha Vini, vamos até a enfermaria ver se esta tudo bem realmente com você.

Puxou mais forte para que ele não tivesse nenhuma idéia de ficar por ali. Olhando com cara de "vamos sem discutir" e olhando para que ele notasse que Lya queria ficar a sós com o professor.

- Se vocês nos dão licença... você vai ficar bem Lya?

- Vamos Viiiniiiiii...

Depois de Rebeca puxa lo para sair dali Vini começa a rir e vai com ela assena com a cabeça para o professor, olha para Lya e pisca o olho esquerdo como se a disse se que a perdoava e vai andando com Rebeca.

-Ta minha flor vamos la!

Assim que saiam dali do local Vinicius nota que Rebeca esta o segurando pelo braço, então ele pega na mão dela a roda e a para de frente pra ele e diz.

-Minha linda Rebeca sei que não é o momento para isso mas eu não pude deixar de perceber que esta rolando um clima entre nós dois e sei que você também percebeu, então o que é que você acha de nós ficarmos...

Vini falava com convicção mas ele estava envergonhado no mesmo momento e a segurava pelo braço um arrepio surgia em seu braço e suas bochechas começara a corar.

O rapaz sempre conseguia fazer com que ela perdesse um pouco o rumo de suas ações e seus pensamentos. Em menos de duas horas era a segunda vez que estava abraçada com ele.

Era bom, quente, reconfortante. Encontrava nele algo que nunca encontrou em rapaz algum. Uma crescente sensação de apego.

- Acorda Rebeca... você não veio aqui para namorar ou ser feliz. Sua missão precisa ser cumprida.

O pequeno monstro que morava em seu peito ergueu a cabeça e ralhou feio com ela. Estava praticamente beijado o rapaz. Deixando-se levar pela sensação gostosa de estar com ele. Reassumiu sua postura ereta e afastou-se um pouco dele, escolhendo bem as palavras para não confundir nada.

- Você é divertido, estimulante, e com certeza mexe com meus institos, não posso negar. Claro que notei que algo muda no ar quando estamos juntos - deu dois passos mais para tras - Eu acho que se ficar muito tempo com você vou me transformar em uma desta mocinhas piegas, que vivem se derretendo por ai. Sai de mim. Credo.

- Pelo jeito você esta bem e não precisa ir para a enfermaria. Melhor deixar quieto.

Virou e saiu correndo em retirada em direção o castelo. Estava fugindo dele ou apenas atiçando a curiosidade do rapaz?

Vinicius não intende a atitude da garota que sai correndo em direção do castelo assim que ela corre ele pensa "pow por que que eu me atraio por essas garotas meio que complicadas?" Vini vai atrás dela e ao ve la ao longe, ele continuou e foi para frente dela, fez ela parar e ele olhou pra os olhos dela, e disse.

-Sabe que eu sinto por você e acho que você sente a mesma coisa por mim! Me diga então qual o motivo de não ficarmos juntos, olhe nos meu olhos e diga que não quer ou o motivo de não poder.
Alias quer saber, você já sabe o que eu sinto acho que não preciso dizer mais nada já esta claro e mesmo que todas as estrelas dissessem não iriam se expressar melhor!

Ele se vira como que se fosse saindo mas ao mesmo tempo ele volta e continua falando.

-E eu espero que você entenda, o quanto gosto de você mas acho que você não ta percebendo!

Ele parece irritado mais faz a mesma coisa finge que vai mas depois volta até a garota e vira mais duas vezes, ele olha mais uma vez e ...

Michelle estava correndo para chegar até o jardim, não tinha visto que as outras garotas do dormitório já tinha saido, escutou que alguém lhe avisou sobre algo, mas não escutou direito.

"Que droga, não vi ninguém saindooo..."

Ela logo avistou Lyanne, ficando tranquila parando de correr, se aproximou da mesma a cutucando com o dedo indicador.

-Lyanne, perdi muita coisa?

Quando a presa se oferece com tanto bom grado, seria falta de educação recusar.

- Vinicius, vim para esta escola para estudar. Preciso concentrar minhas energias neste objetivo. Quero muito mais na vida do que ser famosa belos meus olhos azuis ou pelo charme que a vida me deu.

Segurou o braço dele porque estava ficando tonta do fato dele ir e vir. E se aproximou com cuidado. Temia que tudo que ele falava era fruto da queda que recem acontecera.

- Tudo bem Vinicius, podemos tentar ser mais do que amigos. Passar mais tempo juntos e nos conhecer melhor - suspirou - Está bem assim? No entanto espero que você entenda que não passaremos 24hs do dia juntos. Nossos estudos devem vir em primeiro lugar, e a condição é que você busque um passatempo como eu estou buscando, ao estudar extra classe, como aprendiz de algum professor.

- Você aceita?

-Minha flor! eu poderia pular num precipício por você! E eu entendo suas preocupações e eu já tava pensando em um passa tempo pra mim e estou tentando providenciar isso e logo após a festa vou arrumar !

Sorriu pra ela e a tomou as mãos da garota olhou nos olhos da garota e começou a alisar seu rosto e mais uma vez ele falou para ela

- Espero que não esteja te forçando a nada, saiba que quero ficar com você mas também quero que você tenha felicidade junto a mim ou não !

O danado era mesmo um conquistador nato. Teria ele sangue veela em sua familia? Quem duvidasse não estava ali, presenciando aquela cena.

- Tudo bem, mas precisamos voltar para a escola.

Selou o acordo com uma leve pressão dos seus lábios no dele antes de pensar em se retirar e encerrar este capitulo de sua vida.

August vinha de seu quarto, passara a pouco pelos corredores, e estava descendo rumo a biblioteca, mas antes decidiu passar pelos jardins, respirar ar puro , um ar diferenciado dos ambientes fechados do castelo sempre fazem bem, porem sentiu um cheiro diferente ao sair de seu quarto passando pelo corredor dos aposentos dos professores, mas nem ligou, geralmente algum professor sempre faz alguma experiência mal sucedida por ali.
A manhã estava agradável , o ar fresco, alguns alunos passavam e acenavam para ele, ele retribuía, mas se sentia estranho ao fazer essa ação, como se ele nunca tivesse feito esse tipo de coisa antes.

Passando perto de uma arvore enorme, avisto uma garota ainda com vestes normais, talvez uma aluna nova, decide falar com ela.

-Ola, você chegou agora? Deve ter vindo transferida certo? Sou professor de astronomia, qual o seu nome?

August falava com um sorriso no rosto, mas por dentro se sentia estranho, mas uma vez a sensação de que não era acostumado a fazer isso antes o incomodava.

Asrael ve Vinicius e Rebeca se afastando vltando para escola, parado ao lado de Lyanne.

Bem Senhorita Lyanne, sobre qual assunto quer falar comigo?

Asrael olha intrigado.

O que a garota teria a falar comigo, afinal ela é parente do Ct.....

Podemos conversar enquanto passeamos pelo jardim, é claro se me conceder a honra de sua companhia.

Asrael começa a andar em passos lentos, aguardando Lyanne o acompanhar.

-Ola, você chegou agora? Deve ter vindo transferida certo? Sou professor de astronomia, qual o seu nome?

A garota ergueu os olhos muito azuis em direção da pessoa que falava com ela. A luz que vinha das costas dele ofuscava sua visão e apenas a voz claro era nitida. Levou a mão delicada aos olhos enquanto falava um tanto lisonjeada por ter sido confundida com uma aluna.

- Boa tarde senhor... Muito prazer professor de astronomia - segurou a saia rodada em um reverencia igual tinha visto no filme de Alice, curvando para frente.- O senhor tem nome?

Ela não era aluna de lá? Então o que lá fazia? August se sentia estranho perto da garota, como se fosse para ele já conhecê-la, mas não fazia a menor idéia de quem fosse, para ele era a primeira vez que a via, mas a sensação não passava.
]-Boa tarde jovem, que falta de educação a minha, esquecer de me apresentar a tão nobre dama.
Ele falou isso com um sorriso no rosto.

-Meu nome é August Daviam, e o seu qual é? E o que faz por aqui se não e aluna?

August estava cada vez mais intrigado com a presença da garota.

A forma de adolescente ainda trazia dentro de si a criança que era. Isabela sorriu um pouco tímida, baixando um pouco o olhar diante do comportamento tão formal por parte do homem, mas ele a fazia ficar a vontade, então ainda corando um pouco, começou a tagarelar, enquanto segurava os lados da saia e balançava o vestido sem jeito, para lá e para cá ,numa típica atitude de criança.

- Bom... minha mãe sempre diz que não devo falar com estranhos e que isso custou a vida de minha tia. Mas se o senhor não contar para ela, eu também não conto.

Olhou para os lados com medo de ser pega nesta travessura. Que mal podia ter em se falar com um professor da escola? Não eram eles escolhidos a dedo pelo diretor? Então era como estar em casa.

- Me chamo Isabella Angela, tenho 10 anos e no próximo ano talvez eu venha para a escola. Sempre sonhei em estudar nos lugares que meus pais estudaram. Mas meu pai... quer dizer, meu dindo pensa que eu devo ir para outra escola.

A garota parou um momento para tomar folego e pegou na mão do homem indicando para sentarem no banco que havia ali perto. Essa mania de pegar pela mão ela herdara da mãe.

- Minha mãe veio visitar uma amiga do meu bisavô que trabalha aqui. Meu pai.. quer dizer, o namorado de minha mãe também trabalha aqui. Estava procurando por ele quando me perdi pelo caminho... Esse castelo é realmente muito grande

Ao ser tocado pela garota nas mãos sentiu que já havia passado por isso, aquele mesmo gesto feito varias e varias vezes, mas como isso era possível?

-A sua mãe esta certa, não deve falar com estranhos, mas com professores pode, de fato o castelo e bem grande, até eu mesmo me perco aqui, ainda não me acostumei, apesar de sempre achar que passei bom tempo da minha vida aqui.
August para um pouco olha para a garota e pergunta.

-Você disse que o namorado de sua mãe trabalha aqui, quem seria ele? Se me disser posso ajudar a encontrá-lo, ou melhor qual o nome da sua mãe, talvez eu saiba onde ela esta, já que você falou que ela também esta por aqui.

August ficou esperando uma resposta.

Isabella tirou do bolso do vestido um pacote de feijõezinhos de todos os sabores e ofereceu ao homem á sua frente.

- Hoje eu já comi um de lesma caramelada e um de espinafre com jaca, acho impossivel que mais alguma coisa horrivel se esconda neste pacote, pode pegar sem medo.

Fazia uma cara muito séria, de alguém que era especialista no que falava. Felizmente os progressos no mundo da magia impediam, que problemas como cáries acometessem as criaças bruxas.

- Minha mãe se chama Marina e ela não trabalha aqui, veio visitar a srta. Briant, professora de poções desta escola. Pelo sei a sala dela fica nas masmorras. Queria ir com ela, mas mamãe não deixou. Eu sei que vovó esta sumida outra vez e ela não quer me contar. Pensa que não entendo quando eles falam em outra lingua. Mas eu entendo sim.

Olhava agora para o homem a sua frente e num impulso infantil passou a mão pela grande barba dele. Era diferente de tudo que já vira até então. E tinha curiosidade em saber se era macia.

Arrependida do gesto, sentou um pouco mais afastada, evintando olhar para ele.

August pegou o saco de feijões de todos os sabores e temerosamente escolheu um, ele não tinha muita sorte com esses feijões, porem ele teve sorte, pegou um com sabor de chocolate e mel.
-Acho que você me deu sorte, sabor chocolate com mel, delicioso.
August sorria e prestava atenção em tudo o que a garota falava sobre sua mãe, ela é bastante esperta ingênua pela idade, porem bastante esperta.

August permite a aproximação da garota ao tocar a sua barba, ela parecia querer saber se era real ou não, mas logo ela se afasta...

-Não precisa se assustar, eu não mordo, eu já conheci a sua mãe na festa que teve aqui no castelo, no dia do aniversario do diretor, se você quiser posso te levar até as masmorras, acho que ela e nem a professora Briant vão ficar zangadas, ia me esquecendo, pegue seus feijões de volta, o que me diz? Vamos para as masmorras?

August entregava o saco com feijões de todos os sabores de volta para a garota e estende a mão para ela esperando uma reação.

Voltar para as masmorras era o mesmo que ter que voltar para casa com a mãe, e muito havia para explorar neste castelo. Tinha muita curiosidade de saber mais sobre o pai. Então olhou para o homem que estava a sua frente, apanhou com educação o pacote de feijõeszinhos de todos os sabores:

- Eu agradeço muito a sua boa vontade, mas eu vou andar um por ai.


Abraçou o homem outra vez e saiu saltitando pelo jardim. Sua real intenção era encontrar a torre da enfermaria e para isso precisaria voltar para o interior do castelo.