Três Vassouras

- Então ele era mal humorado? - esperou que ele não soubesse ler mentes. Apesar da recepção pouco calorosa, não exitou em puxar a cadeira e se intalar.

- Obrigado pela gentileza - comentou irônica, mas faria tudo por um copo de cerveja agora. - Desculpa a falta de educação. Marina Angela, muito prazer - estendeu a mão, sem deixar o sorriso abandonar seu rosto e o fazer seus olhos brilharem. Antes de puxar a cadeira e sentar - Você é novo por aqui, é aluno da escola?

Olhou com mais atenção para o rapaz. Ele parecia refletir uma certa tristeza. No entanto transmitia algo de bom. Como uma simpatia por detrás do mau humor.

Takeru sentiu uma pontada de ironismo na voz da garota e resolveu ser um pouco mais Shiba mesmo estando no seu pior dia em Hogwarts ou mais especifico seu pior e primeiro dia em Hogsmeade!

o garoto se levantou e se curvou educamente como um japones - Shiba Takeru! e pegou na mão da garota antes que a mesma ficasse sem graça.

Takeru apontou para a cadeira de uma maneira mais cordial porem meio sem maneiras afinal de contas em sua terra as pessoas se sentavam no chão.

- sou novo sim, estudo em Hogwarts assim como você, sou um Sheep, e antes que Marina-san ache que sou vidente ou algo assim, eu sei que voce estuda lá pelo seu titulo de honra Takeru quis falar tudo isso como um elogio, ele se recordou do posto da menina Moni... alguma coisa!


o garoto começou a tamborilar na mesa e fez um aceno para o garçon para que o mesmo viesse para a mesa atende-los.

Rei caminhava despreocupado pelas ruas de Hogsmeade,quando decidiu entrar no três vassouras,simplesmente para passar o tempo e descansar por um momento.
Desde a aula de poções estava confuso,e andar ajudava a clarear a mente,mas que cansava,isso cansava.
"Anya,uma colega bem interessante,mas o que devo fazer agora?
Rei,larga de ser bobo,a Lidily está namorando,em um ano diferente de você,com novos amigos,e mal pode parar para te cumprimentar"
Os pensamentos já parecem mais ordenados,e as imagens do último ano já não mais aparecem na mente de Rei que agora parece um céu azul e calmo.
Ao abrir a porta e entrar,o ambiente do três vassouras se mostra como de costume,para resumir:lotado.
Rei se aproxima do balcão e pede uma cerveja amanteigada,enquanto procura com os olhos um canto para se aconchegar enquanto toma a bebida.
-poxa,quase nenhuma cadeira vazia,mesa então...
Rei observa uma garota que lhe parece familiar e caminha decidido até ela,fazendo o percurso de forma a ficar sempre as costas dela.
"será que seria minha amiga da armada?seria bom que fosse,sinto falta dela."
Rei para e quase esbarra em um garoto que se passava por ali.
"mas e se não for?ela está acompanhada e possivelmente dará confusão se for um engano.
Entretanto,mesmo assim será divertido,vamos lá Rei você com certeza consegue resolver se der mesmo confusão."
A hesitação some e Rei prossegue até a garota,e então reconhece seu acompanhante como Shiba Takeru,porque lembrava de tê-lo visto na aula de DCAT.
Rei leva o dedo indicador aos lábios para que Shiba não advirta a companheira e tapa os olhos da garota com as mãos.
-a quanto tempo Marina,ainda gosta de pufosos?adivinha quem é?
"boa saida Rei,se tiver se enganado,esse cara vai perceber logo por você ter chamado a garota de Marina.só vamos esperar que essa brincadeira não seja considerada de mau gosto,independente da garota que for aqui"

Shiba não conteu o sorriso quando a garota disse de parentesco apenas por ser nomes de pronuncias parecidas ainda mais para ocidentais que confundiam os nomes japoneses

- nenhum e nem o outro, o meu nome é de familia os Shiba são uma familia de samurai, talvez a unica que ainda exista

Takeru ouviu a garota falar de saudades e respondeu com um pouco de amargura
- eu sei como voce se sente pelo menos um pouco, meus familiares estão bem longe e a carta que eu esperava com meu Kabuto Origami ainda não chegou, acho que meu tio está muito ocupado


Ao garçon chegar Takeru ficou meio sem jeito e disse ao garçon - suco! laran... larannn... laranjááá, mais quem paga sou, ouvi Garçon-san!


Takeru ouviu a ultima pergunta a que mais o deixou convencido que essas separações de casas eram uma estupidez sem tamanho - Marina-san ser uma ovelha não é ser um Samurai, eu gostaria que as casas fossem como antes.


ao querer continuar alguem chegou por trás da garota sem más intenções e Takeru ficou em silencio não queria interromper.

Rei sorria enquanto Marina na cadeira tentava adivinhar quem era,e ficava muito feliz de ver que não fora esquecido por ela.
Ao ouvir seu nome,afrouxa a pressão das mãos que já não era forte e permite que ela retire as de seus olhos,ainda calado.em seguida retribue o abraço da amiga com força e a ergue um pouco,mas infelizmente não poderia gira-la ali como faria naturalmente por falta de espaço,então logo a devolveu ao chão.
-Rei Yami,yoroshi-kun.
Rei se curva leve e rapidamente.
-será uma honra sentar ao seu lado Mari e qualquer um que conquiste seu respeito também é meu amigo.
Rei puxa a cadeira enquanto faz um movimento com a mão indicando ao garçom que traga sua cerveja para lá.
-não tinha saido muito esse ano,estava tentando recuperar o tempo que perdi com as matérias,mas acho que agora já posso me mover livremente.
Rei demonstra uma confiança acima do comum,ao proferir essa frase,antes mesmo de se sentar.
-como vai o segundo ano?sinto saudades de você,da Charlotte e da Lidily.bem...
uma pequena pausa
-também sinto falta dos outros,mas vocês ainda são minhas favoritas.
Rei se cala e parece ponderar por um momento.
-desculpem-me,confesso que estou ávido por ter noticias de grandes amigas,mas não deveria interromper a conversa de vocês.

Takeru estava atento a situação enquanto isso pensava ligeiramente como iria se expressar corretamente para ensinar a Marina a palavra do seu jeito certo, uma frase transformada de uma lingua para outra poderia ser modificada, o jovem pensou e por fim tomou sua conclusão.

ao ser apresentado Takeru se levantou e se curvou para Rei, o jovem teve que responder no mesmo nivel, como o jovem falou em japones, Takeru iria responder em inglês - é bom conhece-lo Rei-san.


o jovem se sentou novamente e disse para Marina terminando sua parte da conversa de antes
- Ohayo Tomodachi!


Takeru notou que Rei estava precisando se informar e com um gesto de cabeça e sua voz neutra disse - Fique Rei-san, se voce precisa de noticiais fique, afinal somos todos de Hogwarts.

o que mais ficou na mente do jovem Takeru foi o tal Mascarado, ele estava com mais problemas do que imaginava, o jovem precisaria de estrategias e depois perguntar mais para Marina.

Takeru estava ouvindo atentamente a conversa dos dois jovens, Takeru sabia quando era o momento de ficar de fora de algo e depois que encerarram o assunto das meninas Takeru voltou a ficar mais avontade, talvez a verdadeira natureza da conversa foi mudada por causa da tal armada ... ou não!


Takeru ouviu sobre sua frase e depois sobre o tal mascarado o jovem pensou pesadamente sobre as duas perguntas e respondeu com um tom frio - em muitos casos pode se dizer que usa para os ambos sexos, e sobre esse tal mascarado alguem já pensou na policia bruxa?

Takeru anotou a advertencia de não andar sozinho pela noite, achou que isso seria problematico.

Shiba ouviu sobre o Chápeu seletor e uma ponta de curiosidade passou rapidamente em seu olhar o jovem queria desvendar isso a muito tempo, já sabia do roubo porem não disse nada sobre isso e quis mudar o assunto - o que é essa Armada? um exercicito de alunos? perguntou Shiba com uma curiosidade controlada

Rei começara a beber sua cerveja sorvendo pequenos goles a cada vez,enquanto escutava o que Marina dizia,ele pode conter a expressão de susto quando ela contou do fim da armada pouco antes,mas não conseguiu o mesmo ao ouvir das garotas,talvez pela liderança que Charlotte exercia naquele momento ou talvez por imaginar que opiniões conflitantes teriam nascido entre Lidily e sua amiga ali presente.
-certo,não mais falemos delas.mas me surpreende que a armada tenha findado,achei que ela estaria acima de indisposições individuais.
Rei sorri ao ouvir as palavras japonesas proferidas por Marina,realmente a garota era encantadora.
-muito mesmo.tenho um fraco para o japonês,e aprendi um pouco com os trouxas,nada significativo claro,os japoneses costumam ser bem seletivos ao falar de sua cultura e lingua,para não mescla-la com as demais.acho charmoso isso.
Rei sorve um gole um tanto maior que os demais ao ouvir do mascarado.
-esse vingador,é um problema e tanto.tenho para mim que seria um sonserino e que poderia atacar os "dele" por acreditar que esses mancharam algum de seus ideais ou objetivos,claro,posso estar redondamente enganado.já quanto ao chapéu seletor,realmente fiquei surpreso com esse sumiço,pois os sonserinos não apreciariam a mistura de casas,bem como a maioria dos alunos das casas restantes.talvez algum professor,ou membro do ministério.
Rei olha para Marina ao ouvir as perguntas de Shiba,mas não espera a amiga responde-lo e se adianta.
-a policia bruxa jáfoi comunicada pelo que sei,contudo nem mesmo ela tem nada ainda.quem quer que seja o vingador,é certo que é muito habilidoso,talvez mais que alguns aurores.e quanto a armada,não poderia ser chamada de exército,já que pouca gente integrava suas fileiras.
Rei fala de um jeito divertido,achando graça comparar seu grupinho a um exército trouxa mentalmente.
-estava mais para um clubinho de escola com vários alunos treinando e aperfeiçoando suas habilidades.não sei em que condições ela acabou,mas quando entrei imaginei que os integrantes seriam apoiariam uns aos outros dentro ou fora dos locais de treino,por toda a vida,assim como a ordem da fênix havia feito no passado,mas acho que me enganei.
Rei termina o restante da cerveja de uma vez e sorri para Marina.
-claro que não quero ofende-la com minhas palavras amiga,sei que se esforçou muito para algo semelhante,e não atribuo o fim da armada a ninguém.até mesmo eu tenho uma parcela de culpa por ter me afastado tanto.