Quarto do Professor Amadeo Giaccorin

Narração
- Fala da professora.
- Fala de outros personagens.
”Pensamento”
~~~~ OFF ~~~~




Apesar do tempo de namoro, Aretha nunca se atrevera a entrar nos aposentos de Amadeo. Apesar de já ter ficado mais íntima do namorado, ela mantinha o respeito no castelo e jamais entraria nos aposentos dele – não se equipararia à Agatha, aquela traidora, que mudara de mala e cuia para a sala do diretor. Não iria baixar seu nível ao dela.

Aretha não passaria da porta – apenas bateu nela.

Toc toc...

E aguardou seu namorado aparecer... mas preocupou-se em pensamento:

”Será que meu amor já está dormindo? Não deveria incomodá-lo... Acho... Acho que vou voltar outra hora...”

O rosto de Aretha não era dos melhores, ficara meio tonta exatamente agora. O nervosismo tomava conta e ela segurou com força o embrulho dourado em suas mãos. Estava quase desistindo.

Algumas pessoas dizem que coincidências não existem, que é tudo coisa do destino. Outras acreditam fielmente que coincidências existem?

Amadeo? Amadeo sequer se preocupava em pensar sobre algo tão inconclusivo, tão além da compreensão humana. Mas fato é que algumas vezes, coincidências são engraçadas. Enquanto Aretha se aproximava de seus aposentos, Amadeo estava olhando uma foto de Aretha. A primeira que havia tirado dela desde que começavam a namorar. A Aretha da foto, animada graças à magia, ria e fazia gestos, brincando com o namorado, e este ria-se sozinho, fazendo nada mais que apenas observar.

E então escutou as batidas, imediatamente levantando-se e indo até a porta. Estava vestido todo de preto, mas de um modo mais casual. Olhou primeiramente pelo olho mágico da porta para então abrir a porta, abrindo aquele enorme sorriso que sempre abria ao ver sua amada. Tomou sua cintura em suas mãos, puxando-a para si em um leve beijo. Assim como na festa do castelo dos Vivaldi, ele não a agarrava ali, pois podia ter alguém olhando. Apenas um beijo superficial e carinhoso.

- Mia amata... Surpresa melhor que essa, para mim, não há.

Narração
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- Fala de outros personagens.
”Pensamento”
~~~~ OFF ~~~~




Aretha estava quase indo embora, era covarde demais para falar sobre aquilo com um homem, mesmo que fosse o homem de sua vida, quando Amadeo surge, com aquele sorriso espetacular, dando-lhe um beijo carinhoso nos lábios, um beijo que ela quase perde o ar. Estava muito sensível ultimamente e, do nada, lágrimas saíram de seus olhos. Ela parecia desesperada. As sobrancelhas estavam curvadas demonstrando tristeza e os olhos fechados com força, ela apenas abraça seu amado, abraça com um desespero incomum, apertava com força o embrulhinho em suas mãos.

Após o abraço, ela diz:

- Meu amor… M-me desculpe, não sei o que está acontecendo... Era... Era para eu estar muito feliz, mas... Eu não sei... Não sei o que dizer, ou como você vai reagir... E estar brigada com a Agatha faz tudo ficar pior... Eu... Eu não sabia que eu ia chorar na sua frente, senão eu não teria vindo... Eu... Estou tão confusa... - Aretha secava o nariz e os olhos com as costas da mão livre e as pontas dos dedos, respirava fundo jogando os cabelos para trás e tentava segurar o choro.

Seu peito estava amargurado. Ela sentia um vazio dentro de si, não gostava de brigar com as pessoas... Simplesmente não conseguia se concentrar no que tinha ido fazer lá, estava tremendo como uma louca, a conversa com Ctaaciug tinha acendido em Aretha uma chama há muito apagada... O carinho do aluno lhe lembrou do carinho dos quatro amigos, sempre juntos, e isso ela havia se esquecido.

Naquele mesmo instante, ao olhar para Amadeo, percebeu o significado de todas as coisas. Percebeu o quanto estava sendo dura e incompreensiva com Agatha... Que estava passando por algo parecido. No fundo, elas eram iguais.

Aretha não conseguia mais se mover, apenas afundou o rosto no pescoço de Amadeo. Tensa, completamente parada, o rosto vermelho, disse:

- Desculpe, meu amor… Acho que agora não é o momento... Eu preciso ir...

Sempre dedicado e preocupado, o italiano escutava cada uma das palavras de sua amada. Conforme as lágrimas lhe escorriam pelo rosto, ele suavemente pousava o dedo no rosto dela, recolhendo suas lágrimas. E não a interrompeu, apenas voltou a falar ao fim das palavras dela, e impedindo-a que ela se afastasse, porém segurando-a sem força pelo pulso.

- Meu amor... Primeiramente, fique calma. Eu não sou seu namorado à toa, não estou com você por mero acaso ou por conforto, estou com você porque é para ser assim, nós nos amamos. E como tal, você pode confiar qualquer coisa a mim. Entre e vamos conversar melhor...

Um leve sorriso ressurgia em seu rosto, conforme ele puxava-a delicadamente pela cintura, trazendo-a para dentro e então fechando a porta. Ajudou-a a sentar-se em sua cama e então sentou-se a seu lado, acariciando-lhe o rosto.

- Então, diga-me... O que te aflige?

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”Pensamento”
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”N-não, eu não posso entrar...” - pensou Aretha, em vão, tentando mentalmente se livrar do constrangimento de ficar entrando nos aposentos de um homem, ainda mais sendo este homem seu namorado.

Não queria ficar mal falada entre os alunos, entretanto, seu corpo não respondeu aos seus pensamentos, e ela entrou, afundando-se deitada na cama de solteiro de Amadeo, sem nem pensar duas vezes. Ela mal olha para a bela decoração moderna do quarto, estava abalada demais para observar os objetos que estavam ali.

Ela enroscou-se no travesseiro de seu amado, o menor, marrom e preto, e ficou trêmula, chorando muito, largou o pequeno embrulho ao seu lado, chorava e chorava, a colcha que encobria a cama se dobrava com o peso da mulher, peso este que aumentava a cada dia devido à gravidez. Quando seu namorado assentou na cama, ela apenas se aconchegou a ele, abraçando-o, o corpo encurvado entorno dele, a cabeça pousada delicadamente sobre o colo dele, o travesseiro debaixo de sua cabeça.

Os braços de Aretha enlaçaram a cintura do namorado e apertaram com firmeza, ela tremia menos agora, o calor dele a aquecia e a fazia ficar mais tranquila. Aconchegada, mais tranquila devido ao desabafo desesperado, ela então começa a responder a pergunta dele.

- Eu… Eu só queria que este momento fosse feliz, mas... Eu estraguei tudo, pra variar... Desculpe, meu amor... Eu sempre estrago tudo...

Aretha o abraçou mais ainda, depois voltou a dizer, tateando pelo embrulhinho, que segurou com as duas mãos como uma criança. A cabeça dela ainda estava pousada sobre o travesseiro no colo de Amadeo, os cabelos espalhados por todo o travesseiro, e ela fitou o embrulhinho.

- Amadeo… Eu vim aqui... Porque eu te amo muito... E eu queria te perguntar... Assim... Sabe, a Agatha e a Kai já tem bebês e... Bom, você sabe, a vida inteira elas fizeram as coisas na minha frente, antes de mim... Eu sempre fiquei para trás e... Bom... Eu estava pensando se... - Aretha ficou muito vermelha neste momento, mais vermelha do que quando soltava suas lágrimas, e voltou a tremer.

Estava fazendo uma burrada tremenda. Tinha medo de que ele pensasse que aquilo era uma competição, não devia ter falado aquilo... Aretha não queria confessar aquilo a si mesma, mas estava com muito medo de que Amadeo lhe desse as costas se soubesse que ela estava grávida. Aretha passava por isso como se fosse uma adolescente, devido à sua falta de experiência de vida, por isso se sentia muito insegura em falar diretamente sobre o assunto. Quisera ela ter a coragem de Agatha...

- Então… Bom... O que você acharia de... Bom... Assim... De nós dois termos... Termos um?

Ela não conseguia dizer “filho”.

Agora devidamente a sós, Aretha logo lançava-se à cama, chorando compusilvamente. Quando o italiano senta-se próxima a ela, ela coloca o travesseiro em seu colo, deita-se no mesmo e o abraça pela cintura, voltando a falar em meio aos soluços, enquanto Amadeo acariciava-lhe os cabelos, fazendo um cafuné para acalmá-la. Ele sabia o que a deixava tão nervosa, mas não queria estragar o "momento" para ela.

- Termos um filho? Como esse que você está carregando aqui? - respondia ele, rindo e passando a mão na barriga dela. - Já sei de sua gravidez há um bom tempo, mas não quis estragar a surpresa, queria que você tivesse a oportunidade de me contar... Depois da noite em que ficamos juntos pela primeira vez, eu notei que houve um pequeno... "acidente". Fiquei um tanto assustado, não que eu não quisesse um filho com a mulher que amo, mas tive medo de que isso fosse te atrapalhar de alguma maneira, já que estava completamente fora de nossos planos, começamos a namorar um tanto recentemente... E minha suspeita se confirmou quando comecei a notar que você estava agindo diferente, ficando tonta, passando mal...

Neste instante, ele sai da cama e coloca Aretha sentada na beirada da cama. Amadeo então ajoelha-se diante dela, e ela nota por um instante que ele abria uma das gavetas que ficavam na parte de baixo da cama, então fechando-a. Ele sorria e segurava as mãos dela, beijando cada uma delas gentilmente.

- Mas se você aceita que seremos pais, então eu também aceito, e com muito prazer serei o pai desta criança, que será o início da família que constituiremos juntos. - neste instante, ele beija a barriga de sua amada e então volta a olhá-la nos olhos. - Normalmente, seria cedo demais para isso, mas eu tenho certeza do que sinto por você e pela criança em seu ventre e tenho certeza do que quero...

Aretha pode notar que as palavras de Amadeo vão muito além do romantismo costumeiro. Ele então pega o que tinha pego na gaveta, uma caixinha preta aveludada. Ele abre a caixinha e revela seu conteúdo.



Alianças douradas, significando noivado. Os olhos de Amadeo brilhavam, fitando os de Aretha tão profundamente que era como se praticamente seus olhares fizessem todo o diálogo.

- Aretha... Você quer casar comigo?

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”Pensamento”
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Aretha ficou pasma quando Amadeo toca em sua barriga e diz que já sabia sobre sua gravidez. Sua barriga nem havia crescido tanto, ela escondia debaixo das vestes e evitava abraço mais colados para que ele não percebesse diferenças, mas não era todo aspecto físico que deixava de ser notado pelos olhos aguçados de Amadeo. Ele era muito mais atento do que ela pensava, apenas estava aguardando a confirmação de Aretha para os sinais que ele notava, mas preferira deixar a surpresa mais para frente e... Não era apenas ela que havia preparado uma surpresa naquela noite.

Amadeo abre a caixinha aveludada e, lá dentro, brilharam duas alianças douradas que reluziam aos olhos de Aretha. De repente, ela sentiu que todos aqueles problemas estavam enterrados num passado muito distante. Ela não conseguiu se mover, apenas olhou boquiaberta as alianças e, depois, fitou os olhos de Amadeo, ouvindo aquela frase que toda mulher sempre sonhou em escutar... Ou ao menos a frase que toda mulher romântica e sonhadora como Aretha sempre sonhara em escutar. Ficou pasma com a seriedade que Amadeo falava, ele estava mesmo muito “pé no chão” naquele momento tão decisivo na vida de um casal.

A ponta de seus finos e delicados dedos tocou o aro dourado que cintilava para ela, e Aretha apenas se levanta, chorando, mas agora as lágrimas eram de profunda alegria. Ela leva as mãos à boca, sorrindo, meio que perdida no momento, não sabia ao certo o que fazer, mas sua cabeça sacudia afirmativamente como uma louca desvairada. Ela abre os braços e abraça Amadeo com muita força, deixando o pequeno embrulho que ela carregava cair no chão sem querer, fazendo um barulhinho de sinos.

Ela sorri e, formalmente, aceita o pedido:

- Eu quero! Quero muito!

Ela estava morrendo de felicidade quando, de repente, o embrulho no chão começou a pular, trepidar no chão e fazer novamente o barulho dos sinos. De repente, ele flutua, gira infinitas vezes e abre, revelando o conteúdo.



Aretha olha para o embrulho, muito feliz, enquanto os sapatinhos iam flutuando, como se estivessem escorregando sobre o ar, estavam doidos indo na direção de Amadeo, e Aretha dizia, enquanto os sapatinhos pousavam bem nas mãos de Amadeo e se esfregavam nelas, como gatinhos carentes pedindo leite:

- Estes… Estes sapatinhos encantados ativam quando o pai está preparado para receber a notícia... - ela sorri, olhando o par de sapatinhos na mão do seu amado - É uma menininha...

Felizmente, seus esforços funcionaram. Aretha continuava a chorar, sim, mas agora era de felicidade e não de tristeza. Ela tinha aceitado viver a eternidade ao lado dele, e assim, tornando-o o homem mais feliz do mundo e satisfazendo o desejo que ele tinha desde o início de sua adolescência.

Ela o abraçava com força aceitando o pedido e eles então se beijavam apaixonadamente, mas neste instante a caixinha começava a se remexer e pular, até abrir e então de lá de dentro saindo aquele lindo par de sapatinhos, e o italiano olhou aquilo rindo enquanto sua namorada colocava-se a explicar. Sapatinhos encantados? Já devia ter imaginado... E ria-se sozinho com aquilo, deixando os sapatos pousarem em sua mão e passando a outra mão neles, como se realmente fossem um gatinho manhoso, e voltando a olhar Aretha em seus olhos.

- Eles já deviam ter pulado da caixa há um bom tempo então... - ria novamente, brincando com Aretha e dando-lhe um selinho. - Será uma linda menininha então... Que nome daremos a ela?

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”Pensamento”
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A professora de estudo dos trouxas ri com o comentário de Amadeo aos sapatinhos.

- É, essas coisas que compramos nessas lojinhas de magia barata nem sempre funciona - ela ri, e lhe dá mais um beijo.

Quanto ao nome? Aretha faz um rosto de quem estava em apuros.

- Nem pensei! Acredita? Eu estava tão preocupada em como contar a você, no que você ia pensar, no que iríamos fazer, se você ia... Desistir de mim... Não sei.

Aretha fica envergonhada e se sentiu uma péssima mãe, mas nenhum sorriso conseguiria fugir de seu rosto ao olhar aquelas reluzentes alianças na mão de seu futuro marido. Aretha estende a mão direita para ele, meio envergonhada. Sorria muito, estava muito feliz, nem acreditava que Amadeo já tinha planejado aquilo para ela.

O professor de astronomia apenas ria de leve com a reação da esposa, o modo como ela era pega de surpresa pela escolha do nome da filha, e então dava-lhe um selinho.

- Bobinha... Temos todo o tempo do mundo para escolher um nome. E deixe de besteira, você me conhece, sabe que eu não sou um canalha que foge no primeiro obstáculo que surge. Especialmente porque, sendo você, nem os próprios deuses seriam capazes de me afastar de você. - sorridente, dava-lhe outro selinho. - Pensei em Lia, ou Ana Giulia... O que acha? Obviamente são nomes italianos... Podemos pensar em um nome britânico...

Os belos olhos negros de Amadeo brilham, enquanto ele toma a mão direita de Aretha em suas, delicadamente colocando a aliança dourada em seu dedo anular, sempre sorrindo.

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- São lindos estes nomes! - disse a professora, a felicidade brotando em seu peito.

Aretha sente a aliança passar pelo seu dedo, e foi algo muito mais do que mágico: ela estava realizando um sonho. Às vezes, ela se pegava pensando se um dia iria ter alguém em sua vida, sonhava com seu casamento, ela vestida de branco em frente a uma grande igreja bruxa, seus pais chorando emocionados e ela entrando em uma grande limousine negra com latinhas pregadas no fundo do carro escrito no vidro “Recém Casados”.

Um casamento bem trouxa, bem comum, era o desejo dela, um de seus desejos mais profundos.

O enlace da aliança em seu dedo era perfeito, ela via seu reflexo sorrindo para ela devolta, dando uma piscadela para ela. Aretha, então, busca na caixinha a outra aliança, segurando, então, a mão direita de Amadeo, e começou a colocar a aliança no noivo, mas suspendeu o ato antes que passasse do primeiro nó do dedo de seu amado. Ela levanta o olhar, profundo e denso, fitando os olhos dele, desenhados pelos deuses, e diz, bem baixinho, com muito carinho:

- Eu te amo…

Aretha falava aquilo poucas vezes, o que tornava mais especial. Ainda olhando-o nos olhos, ela terminou de acoplar a aliança no dedo do amado e lhe deu um profundo abraço.

Silenciosamente, se afastou apenas o suficiente para lhe dar um beijo, um beijo carinhoso e cuidadoso, tocando apenas os lábios, fazendo alguns estalos baixos e acariciando os cabelos de seu amado. Ele era perfeito, afinal...

Agora em silêncio, só o que restava era o brilho nos olhos de Amadeo. Apesar de todo o charme e ar masculino que possuia, naquele instante seu olhar era puramente apaixonado, o olhar de um homem que viveu uma vida solitária e finalmente encontrou quem o resgatasse do poço escuro da solidão, um homem que via seus sonhos se tornando realidade, que enxergava um futuro no qual ele teria sua própria família, uma mulher para amar além da morte e filhos que, entre altos e baixos, iriam ser seus orgulhos.

De imediato, ele responde-a.

- Eu também te amo.

Depois que a aliança estava em seu dedo, Aretha o abraça e ele a abraça também, e então começam a se beijar, primeiramente beijos superficiais, mas logo aos poucos tornando-se um beijo apaixonado. Por causa das poucas lágrimas que ainda restavam na face da britânica, ele sentia seu rosto ficar levemente umedecido, mas nem sequer se importava com aquilo e apenas continuava a beijando.

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Os beijos daquele italiano, sempre tão irresistíveis, facilmente causavam o aumento da temperatura corporal de Aretha: afinal, mulheres grávidas sempre sentiam-se à flor da pele.

Antes que aquilo piorasse, Aretha afastou-se de Amadeo, arfando.


- D-desculpe! Estamos na escola! Eu... Eu preciso ir! - disse e, como uma garota que acabara de dar seu primeiro beijo, ela sai correndo assustada, fechando a porta por trás de si, indo para seus aposentos.

Vendo a reação de sua futura esposa após o beijo, Amadeo não consegue conter-se em dar uma leve risada, jogando-lhe um beijo com a mão antes que ela saisse pela porta.