Primeiro final de semana em Hogsmade, no ano novas perspectivas.
Mas alguns assuntos pareciam ainda sem respostas, pelo menos respostas definitivas.
Ele olha para a estátua de seu coração partido, que ele havia esculpido no final do ano passado e deixado ali, em frente a um jardim florido na primavera.
Parece que algumas cicatrizes ainda não fecharam. Experiências de vida, elas valem nesta hora, quando o coração chora?
Quando o sonho parece perdido e o coração partido?
O que falar quando se esta só, palavra alguma adianta? Servem elas para cortar o nó na garganta, o vazio a escurecer o semblante, os olhos soturnos?
Parece que o coração da estatua, seu coração, não cicatrizou, o tempo não curou, o coração apenas acostumou, ou assim finge, a viver sem o amor que escolheu.
E então ele sente um perfume, suave, agradável, como uma lembrança boa que vem de um momento bom.
Ele vira seus olhos, e vê alguém caminhando distraída, alguém cujo corte também alvejou seu coração.
Fayra escuta a voz de Ctaaciug soar por perto, e se vira com um sorriso no rosto, mas não era o mesmo sorriso espontaneo que ele conhecia, na verdade até mesmo ela estava diferente, mas esguia com o rosto mais rosado, os olhos mais brilhantes e com o toque de maldade que ela não possuia
Ora, ora quem eu encontro aqui... se não é o honrado Ctaaciug ...
Jack caminhava apressado pelas ruas de Hogsmeade. Usava uma camiseta de mangas curtas e uma calça leve... Estava MUITO quente... As ruas estavam com varias pessoas tomando sorvete, mas então Jack avista o estabelecimento requisitado... O Três Vassouras... Então apressa seus passos até lá...
Deacon estava naquele fim de tarde de seu dia de folga, a noite estava já quase tomando conta do céu e ele saía do Três Vassouras após tomar seu drink semanal. Ele sempre estava assentado no três vassouras em seu dia de folga, sozinho, tomando o mesmo drink de sempre: Uísque de fogo.
Hoje, entretanto, era um dia especial em que ele estava afim de beber mais, porque ele estava puto por um motivo mais que óbvio: com tudo o que aconteceu em Hogwarts naquela maldita enfermaria, Deacon lembrara-se de sua juventude. Era algo patético lembrar de sua existência ao lado daqueles perdedores. Não, não os sonserinos, mas os lufanos, grifinórios e corvinianos de sua época. A escola era a vida de Deacon, todos já tinham percebido isso, mas somente ele não tinha percebido que havia um mundo lá fora.
Após rabiscar algo em um pergaminho, Deacon segue até o correio coruja e envia um bilhete amassado com letra torta. Ao se virar, ele cai de boca numa estaca que carregava uma coruja e ele pestaneja, sacando sua varinha e curando sua ferida com episkei e agora estava perambulando pelas ruas, procurando o caminho de Hogwarts, estava meio perdido, no meio do caminho, ou seja, distante de Hogwarts e também distante de Hogsmeade.
"Onde eu estava com a cabeça? Vindo aqui desse jeito, à pé... Um passado sempre persegue um homem..." - pensava, se arrependendo de ter ido a Hogsmeade à pé: não calculara que teria que voltar da mesma maneira.
Sozinho, durante o inicinho da noite, ele andava para Hogwarts, as mãos nos bolsos, o andar curvilíneo, cada hora para um lado. Ele realmente tinha bebido mais que o costume, mas ainda tinha plena consciência de seus atos.
Sibytus e Ctaaciug ja estavam camuflados com a suas roupas de batalha
,
Era fim de tarde, os dois andavam pelas ruas de Hogsmeade, tramavam algo, isso era certo, uma pequena nevoa pairava pelo local, dando mais ar de misterio ao fim de tarde, o por do sol estava vermelho. as ruas estavam vazias, ninguem passando, ninguem olhando, uma hora perfeita para o que estavam dispostos a fazer...
Sibytus e Ctaaciug vão ate ao tres vassouras, mas não entram, ficam olhando pela janela, procurando alguem...
-ele esta la dentro, de hoje ele não escapa
Quem seria esse "ele" ? o que iria acontecer no final daquela tarde, inicio de noite?
Sibytus faz um sinal para Ctaaciug segui-lo, estavam indo para fora de hogsmeade, a tarde ja ia se embora, Sibytus se aproxima de uma montanha que esta contra o por do sol, com uma nevoa eclipsante no horizonte, e chama por alguem
-Gargar!apareça!
Pouco tempo depois, um barulho de tras dessa montanha e escutado, e de la surge gritando de euforia por ver seu dono, Gargar, o dragão
-Isso, bom garoto, agora deixe-nos subir em voce, nada de travessuras garoto.
Sibytus fala isso ja subindo no dragão fazendo carinho nas grossas escamas do dragão.
-Suba Ctaaciug, não tem problema, ele não fara nada comigo por perto,a não ser que eu mande
Sibytus e Ctaaciug agora estavam montado em Gargar, e continuavam escondidos atras da montanha para não serem visto, o sol se punha, eles esperavam alguem, o anoitecer chegava cada vez mais rapido, eles estavam postados em um lugar estrategico, no caminho de Hogsmeade para Hogwarts, tinham certesa que aquela pessoa passaria por ali...
Pouco tempo depois escutam passou, seria ele?sim, era ele, era Deacon, era a hora do ataque!
sibytus fala baixo no ouvido de seu Dragão
-Gargar, a hora e agora, levante voo e apenas assuste nosso amigo ali
apontou para Deacon.
-Ctaaciug, varinhas em mãos
Gargar levanta voo, fazendo muito barulho, e gritando aterrorizantemente...
Deacon percebeu do que se tratava, havia um dragão cinza sobrevoando sua cabeça...
Em cima do dragão, para algo impensável, Ctaaciug respira e empunha sua varinha, esta cena parecia um combate medieval da qual a sociedade já havia evoluído para além.
Mas existem coisas, que devem ser resolvidas de maneira mais instintual, pois infelizmente algumas vezes a violência não é a resposta, ela é a pergunta, a resposta é sim.
O movimento das asas, do torso do dragão, deve fazer com que ambos apareçam como se montados no próprio Dragão de Ébano, a representação da noite, cobertos pela difusa luz do crepúsculo, a determinação era inerente em seus invisíveis olhos.
Em sua voz abafada pelo disfarce, ele sussurra.
-Não, existe nada que não tenha preço, hora de começar a pagar a primeira parcela, não em pecúnia, mas em horror.
Continuação atemporal da viagem de Satrissa, Ctaaciug e Marina
- Professora, a senhora está bem? - A preocupação com a ela era real e o tom da voz demonstrou isso. A topada no trestalio foi violenta e o animal a olhou com uma furia que fez Marina estremecer de medo. Apertou a mão do colega para controlar o tremor. Concluiu que a mulher era feliz por não ver esses animais tão desprovidos de graça.
Acompanhou o colega que ainda a puxava pela mão. Ele tinha adquirido esse hábito a pouco tempo e ela achava carinhoso e protetor. Não querendo parecer descortes, tomou a varinha com a mão livre e ficou atenta ao que os rodeava. Postura ereta, olhos bem abertos e ouvidos atentos enquato se aproximavam de Satrissa.
- Sim professora - a voz agora era dócil e submissa, mas olhou desconfiada para o sr. Xyeetnuut, ela não o sentia tão cordato como as palavras que ele proferia. - Como iremos daqui em diante? - estava curiosa com o rumo que tomariam. Esperava não ter que usar a rede de Flu. Normalment ela enjoava quando viajava por este meio. Preferia desaparatar em conjunto.
-Vamos aparatar para a região perto do local. Estão preparados? É a primeira vez de vocês aparatando, portanto se vocês se sentirem nauseados, tontos, de qualquer forma, me avisem, tudo bem? Caso se sentirem fracos, me avisem no local que eu trouxe uns chocolates para vocês se reanimarem. No local irei ensinar alguns feitiços para vocês. Agora, segurem em minha mão. - falou, direcionando os dois braços para os dois alunos para que ficassem um de cada lado, separados.
[Post referente à cena do DRAGÃO CINZA (hoho), Sibytus, Ctaaciug e Deacon]
Deacon estava andando, meio bêbado, dá um soluço e ri de si mesmo, quando sua visão difusa capta algo enorme vindo de seu lado direito. Ele não vira em um primeiro momento, apenas esfrega os olhos por debaixo dos óculos, com o intuito de olhar melhor o que estava vindo, se é que havia algo vindo.
O dragão cortou o céu e era ENORME. Ao olhar para o lado direito, Deacon estreita os olhos e não vê nada - o dragão já havia passado para o outro lado e, quando ele retorna a andar, sente que algo muito pesado vinha em sua direção, pelo lado esquerdo. Ele se joga no chão quando um dragão cinza imenso dá um razante nele.
- AH! - exclama baixo, levando um baita susto. - Por Merlim!
Ele se levanta enquanto o dragão subia para descer em novo rasante.
"Que...! Que um Dragão desses está fazendo aqui?!" - pensou, sacando logo a varinha clara com estrelas e fios dourados encrustados por toda ela.
De repente, ele ficou sóbrio. Fazendo uma base com os pés, ele se colocou em posição de combate e estreitou o olhar. Sobre o dragão, dava para ver duas pessoas que definitivamente não sabiam se camuflar - usando roupas azuis e negras montadas em um dragão cinza.
"Não são profissionais, definitivamente" - pensou, enquanto esperava, parado, o Dragão descer em novo razante.
[Post referente à cena do Dragão Cinza (Gargar!), Sibytus, Ctaaciug e Deacon]
O Drgão cinza sobrevoava a cabeça de Deacon dando razantes, mas aquilo não parecia assutar o alvo, Sibytus ja estava ficando irritado com tal situação.
Sibytus olha para Ctaaciug com uma cara de poucos amigos, estava na hora de pegar um pouco mais pesado, aparentemente seu companheiro achava o mesmo...
A noite escura, o Dragão ja se preparava para dar mais um razante na direção de Deacon, Sibytus faz o Dragão dar meia volta, o rabo do dragão quase acerta Deacon. Mas havia outro plano em mente, a hora de começar realmente a ação estava chegando, nada mais de razantes sem sentidos, nada mais de so assustar, estava na hora de por fogo em tudo!
-GARGAR! E HORA DE FOGO!!!!!!!!!!!!
Gargar o Dragão, põe-se novamente a ir na direção de Deacon, agora soltando gritos raivosos, os olhos do dragão ficam vermelhos, suas narinas começam a sair fumaça delas, era a hora de lançar chamas.
Gargar chegou a uma distancia aceitavel e abriu sua boca lançando uma rajada de fogo na direção de Deacon, mas não era para acertar ainda, a Rajada de fogo caiu bem proximo a Deacon.
O dragão volta a subir aos ceus, Sibytus começa a rir histericamente, fazendo sua risada ecoar por todo o local, sua risada vagava pela noite escura...
Deacon estava desviando das investidas do dragão, aproveitava para correr para casa, tentava estuporá-lo e, por óbvio, ele não conseguiria: precisava de, no mínimo, uns sete bruxos para estuporá-lo.
- Estupefaça! Estupefaça! - Deacon disse, enquanto corria e virava para trás para soltar as magias, mirando as asas do dragão, sem conseguir nenhum efeito.
Em um determinado ponto da corrida, ele tropeça em um buraco na estrada, torce o tornozelo e solta um gemido de dor juntamente com um palavrão muito feio. Segurando o pé, ele olha para o ar, na direção do Dragão e pôde jurar ouvir o "comandante" do Dragão Gargar dizer que era hora do...
- NÃO! - ele grita e, com dificuldade, gira para o lado, rolando no chão e, por pouco, o fogo não o acertou, mas na próxima ele não teria tanta sorte.
Os óculos dele caíram em algum ponto enquanto ele rolava e, dando outro razante, o dragão dessa vez acerta o rabo bem nas costas de Deacon, deixando um vergão enorme em suas costas, ele tosse devido à perda de ar. Mas ele não tinha tempo, ele precisava continuar, levantou-se após pegar seu óculos em algum ponto do chão e levantou-se, agora andava com o tornozelo machucado mesmo... Não dava tempo de consertá-lo. Mancando um pouco, ele corria na direção da floresta mais próxima que existia no caminho entre Hogsmeade e Hogwarts.
Sibytus estava satisfeito agora com o rumo que as coisas estavam tomando, olhava para tras e via seu companheiro tambem com um leve sorriso no rosto de satisfação, o plano esta indo muito bem, Gargar estava dando conta do recado ate então, mas Sibytus queria mais, queria acertar Deacon, pois ele quase acertou os dois com seus raios estuporantes, ainda bem que seu dragão não sofreu nenhum dano, pois se não Deacon não passaria dessa noite.
Anoite ja não estava mais limpa, começam a aparecer nuvens, nuvens vermelhas e pesadas, nuvens de tempestade, a pouco começará a chover, Sibytus teria que ser rapido agora, Gargar não gosta de se molhar.
Sibytus olha para Deacon caindo no chão aparentemente estava ferido, uma presa facil agora, Gargar já estava dando a volta no ceu para fazer mais uma envestida.
-Gargar, seja rapido o desgraçado esta tentando se esconder naquela floresta! ataque agora!
Gargar com toda a sua velocidade mergulha na direção de Deacon lançando mais uma rajada de fogo em sua direção
-QUEIME NO FOGO DO INFERNO SEU BASTARDO...HAUHAUHAUHAUHAUHAUHUA!!!!!!!
Os olhos de Sibytus estavam brilhando com uma intensidade de peverção total agora , completamente fora de si, com vontade de sangue, com vontade de morte.
Ao ouvir a palavra bastardo, Deacon simplesmente parou e se virou, ficando de frente para o Dragão que vinha em sua direção. O chão estava todo pegando fogo, parecia mesmo o inferno aquele lugar e então ele disse:
- Avada Kedavra
O dragão habilmente se esquiva do jorro de magia verde que saía da varinha de Deacon, que fica branco como um pedaço de papel e o fogo passa bem por cima dele, no momento em que escuta-se um estalo alto, provavelmente de seus ossos trincando sob o fogo daquele dragão.
Mais ao lado direito do local, próximo da floresta, alguém se contorcia de dor deitado no chão. Era o curandeiro - havia aparatado bem no momento que iria ser engolido pelo fogo, entretanto, sua perna ficou exposta ao fogo e estava em carne viva, ele girou, não conseguia se concentrar para fazer nenhuma magia de cura, sentia uma dor imensa e se amaldiçoava por não ter acertado o avada, estava tão confiante que demorara para reagir e desaparatar dali! E feridas de Dragão davam um trabalho danado para curar! Merda!
Sem tempo, Deacon tenta levantar. Se ele corresse, mais ou menos em três segundos estaria dentro da floresta... Talvez não tão seguro quanto desejava, mas pelo menos o fogo demoraria mais tempo para atingí-lo. Quantas baforadas aquele dragão adulto ainda teria?
Enquanto calculava suas possibilidades de sobreviver, Deacon, com uma dor extrema, a ardência na perna estendia-se até o âmago de seu ser, sentindo uma dor maldita mesmo. Gemendo, ele vai correndo na direção da floresta, agora tentando afastá-los novamente, lançando para trás uns feitiços aleatóriamente:
Sibytus estava contente com o desespero de Deacon, porem algo ia dando errado, Deacon lançou um Avada na direção do dragão por pouco nao acerta, e tudo estaria perdido, por sorte o Gargar foi rapido o suficiente para se desviar do feitiço.
A chuva anunciada pelas nuvens pesadas de tempestade começa a cair vagamente, gotejos, o suficiente para tirar a concentração do dragão, Deacon fugia para a floresta proximo a ele, lançando feitiços variados para tentar ganhar tempo, por sorte dele e azar de Sibytus,Ctaaciug e Gargar , um de seus feitiços acertou em cheio o peito do dragão que solta um grunindo de dor.
Gargar começa a descer devido a dor que sentia foi atingido por um dos feitiços bombardas lançados por Deacon.
-Droga, e melhor sairmos daqui antes que ele perceba que tombamos, mas antes temos que deixar um recado para ele
sibytus olha para Ctaaciug que apenas acenava positivamente... era a hora de bater em retirada, o objetivo do ataque já estava quase completo, so faltava uma coisa a ser dita...
Sibytus tenta fazer seu dragão levantar voo mais uma vez, o que o dragão faz com certa dificuldade pois o feitiço atingiu em cheio seu peito, Deacon ja estava dentro da floresta, Gargar sobrevoou a floresta e Sibytus então gritou para que Deacon ouvisse.
"NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO,ENTÃO PARE, POIS NA PROXIMA SERA DEFINITIVA,NADA DE SUSTUS, NA PROXIMA VOCE QUEIMARA NO FOGO DO INFERNO SEU BASTARDO! "
apos falar isso Sibytus se retira com o seu dragão, tinha que ser rapido, precisavam voltar para a escola antes do toque de recolher...
Foram para um lugar um pouco afastado, mas não muito distante, desmontaram Gargar e foram correndo de volta para o castelo, agora so restava esperar as consequencias desse ato.
-Volte para casa Gargar, voce fez um belo trabalho hoje...
-Sim,o recado foi dado, mas não e seguro ficar-mos aqui por perto, não esqueça ainda somos alunos e temos que respeitar os horarios desse lugar,lhe enviarei uma coruja marcando um duelo,mas tera que ser em um lugar onde ninguem atrapalhe
Sibytus fala isso aperta a mão de seu parceiro e segue caminho para Hogwarts.
Andava a esmo pelo vilarejo, ãproveitava para pensar na vida. No correio demorara bem menos tempo do que imagina, e a carta para Lisa, sua melhor amiga trouxa, já estava a caminho. Quem sabe essas férias de natal fossem diferentes esse ano, ou melhor, igual as de sempre, em casa com os pais e os amigos.
Passou pela Trapobelo e não ficou tentada a entrar, o que era um fato inédito, na verdade não sentia vontade de coisa alguma, muito menos de comprar roupa. Talvez devia procurar um curandeiro para ver o que ela tinha, mas ele também fazia parte do problema, então seguiu.
Tampouco estava a fim de olhar as novas brincadeiras da Zonco's. Um sorvete chamou sua atenção, mas ao se aproximar da vitrine, via a loira aquada e já perdeu a vontade. Pricipalmente depois que pode ver para quem ela se derretia toda. - Mas que raios ele via nesta traidora ?
O sol estava impiedoso , e nem mesmo o chapéu que combinava com o vestido floral, era capaz de amenizar seus efeitos. Arrastou-se até o lugar mais obvio, o Três Vassoras. Ao menos lá poderia se refrescar.
Deacon correu diretamente para dentro da floresta, não queria nem ver o que causara quando ouviu aquele barulho estrondoso no chão, agora ele estava por entre as árvores, teoricamente protegido, mas continuou correndo como nunca correra em toda a sua vida. A dor na perna era lacerante, estava dormente, o fogo de dragão era um fogo muito mais poderoso do que outro qualquer.... E então ele escuta um grito ameaçando.
- NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO!
"Nós quem?" - pensou Deacon, enquanto corria.
- ENTÃO PARE, POIS NA PRÓXIMA SERÁ DEFINITIVA, NADA DE SUSTOS, NA PROXIMA VOCE QUEIMARÁ NO FOGO DO INFERNO!
Deacon continuou correndo.
- SEU BASTARDO!
E então, ouvindo essas palavras, ele parou em uma clareira curta da floresta e viu o dragão indo embora na direção de Hogwarts, mas ele não atentou-se para esse detalhe, não num primeiro momento. Um zilhão de pessoas passaram em sua mente. Lembranças. Homens. Mulheres. Adolescentes. Risos. Gritos. Quem poderia fazer isso com ele? Quem era?
Imagens se formaram na mente do curandeiro.
- Tão loirinho, tão bonito! - dizia uma mulher ao lado de uma outra. Ambas loiras, olhos claros, abaixadas com as mãos nos joelhos e seios em decotes luxuriosamente recatados - Magda, ele tem um futuro brilhante! Já está mexendo nas suas poções!
- Sim! Ele vai ser um grande bruxo! Mal posso esperar pelo que está por vir! - disse a mulher ao lado, e acariciou a cabeça de Deacon.
Deacon se jogou no chão, asentando, encostando em uma árvore. Todo barulho que ouvira de fogo crepitando na grama que consumia, do barulho das asas do Dragão contra o ar, os razantes, o estalo, os feitiços, o avada... sumiu. Após toda essa barulhada, um zumbido ficou no ouvido de Deacon, que estava agora tonto e passando mal.
Ele tinha apenas 5 anos, mas lembrava perfeitamente.
O sol entrava diretamente pela janela e portas da casa, o jardim lá fora estava convidativo e sua mãe, Magda, estava tomando sol em um bikini branco. Sua pele era perfeita, sedosa, jovem, firme, brilhava ao sol, era bem clara, os cabelos da Srta Deacon eram muito loiros e brilhavam ao sol assim como sua pele. Uma de suas pernas bem torneadas estava dobrada e a outra permanecia reta, movimentando-se ao som de uma música bruxa que saía do rádio.
Enquanto Isaac brincava com seus blocos bruxos que mudavam de tamanho e forma, homens com vestes negras abordaram sua mãe do lado de fora, e Isaac ficou apenas observando de longe, assentado num cobertor caramelo estendido no chão para que ele se assentasse enquanto brincava. Os olhos azuis de Isaac piscaram duas vezes apenas enquanto via aquela cena.
Sua mãe era elevada pela magia de um dos homens, o copo de suco de laranja que ela segurava caiu no chão e ele não conseguiu ver onde haviam a levado, mas um dos homens entrou na casa e viu Isaac, olhando aquilo abobado. Apenas uma lágrima caiu daquela criança.
- Onde está a mamãe? - perguntou inocentemente.
- Bastardo! - o homem gritou e deu um chute na barriga de Isaac.
Tremendo de nervosismo, ele vira o rosto para o lado e vomita todo o Wisky de Fogo que havia tomado no três vassouras. Deacon suava frio, todos os membros de seu corpo trepidavam e ele abraça os próprios joelhos, a cabeça entre eles, os olhos fechados.
Aos quinze anos, Deacon estava com suas coisas prontas para ir a Hogwarts quando abriu a porta de seu quarto e viu aquela mesma mulher loira em sua frente.
- Oi menino.
- Oi, mãe.
- Você... É meu filho?
- Sou, mãe. Sou o menininho que você disse que iria se tornar um grande bruxo! - ele sorri, acalentando-a pelo ombro.
A mulher não parecia mais tão jovem ou tão bonita, estava com várias cicatrizes no rosto e braços, as costas encurvadas e o olhava com piedade.
- Coitadinho... Eu não tenho filhos...
- Tem sim, mãe, eu sou seu filho. Isaac.
- Não! NÃO! EU NÃO TENHO FILHO! NÃO TENHO, NÃO TENHO! - com os olhos perdidos, a mulher gritava e sacudia a cabeça, segurando-a com as mãos.
Deacon solta seu malão e vai ajudá-la, mas ela lhe dá um tapa na cara e se desvencilha.
- ME LARGA! VAI ENCONTRAR OUTRA PESSOA PARA ENGANAR, SEU BASTARDO!
Deacon solta lágrimas ao lembrar daquelas coisas. Ele podia ter abraçado sua mãe, podia tê-la beijado, conversado com ela, podia ter tentado de tudo, mas não.
Uma mulher loira rolava pelas escadas. Lá em baixo, ela chorava.
- EU NÃO TENHO FILHO BASTARDO! NÃO TENHO FILHOS! - gritava, chorando, quando outra mulher, loira também, chegou ao local e gritou com Isaac.
- ISAAC! O QUE FEZ? ELA É SUA MÃE!
- DIGA ISSO A ELA! QUER SABER? ESTOU INDO! NÃO PRECISA ME LEVAR! EU VOU DE FLÚ!
Como ele estava arrependido daquilo... Ele nunca contara a ninguém... Nunca contava nada sobre sua família e odiava seu próprio passado... Ele tinha que visitá-la... Cedo ou tarde.
Não há nada de mais agradável, do que se permitir ser feliz, e nesta manhã do dia de Saturno, ele está sentado a sombra de uma árvore, e escrevendo em seu diário, em frente ao jardim que frequentemente visita.
Começa ele então a escrever.
-Finalmente eu terminei. Baseando se na teoria de viagem do tempo que temos atualmente, e na natureza holográfica da realidade, eu desecobri como usar uma palavra quase teripotente, para ir para um lugar específico na continuidade. Eu só vou precisar agora da varinha do ofensor e de um dos ofendidos, para amarrar o fato sequencial de maneira correta a evitar paradoxos, mas principalmente para dar "load" na informação da teórica abstração que circunda o universo conhecido, e guarda cada acontecimento de nosso universo.
-Afinal se por cerca de duzentos dólares crianças trouxas podem construir um reator de fissão e capturar a força do sol, porque eu não poderia fazer isto.
-Entre poder e dever fazer existe um abismo muito grande que devemos avaliar se é sábio tentar cruzar.
-Agora espera ai garoto, minhas páginas podem estar ficando amarelas demais para fazer isto, mas agora e minha vez de escrever e você ler.
-Eu não estou falando sobre os perigos de sua ação, estou falando sobre motivos, ética e escolhas. O que ela fez foi um ato de amor abnegado, o objetivo do ato foi bem sucedido, e a essência dela, agora brilha como um pequeno sol.
-Você conversa com os deuses, atualmente menos do que já foi, então acredita que existe um elaborado sistema de recompensa e punição que funciona como a lei da ação e reação, você não precisa acreditar para estar susceptível a isto.
-Melhor, você SABE que existe, que as almas vão para algum lugar, que a partida é uma porta. Isto é tão real quanto a árvore que você está tocando, e se algum dia esta sociedade te tornar tão cético, a ponto de silenciar as vozes em seu interior, eu te levo lá, e você dá uma olhada. Simples assim.
-Se lembra do que você conversou com a irmã dela no Natal? A família já se moveu para além disso, a irmã dela já se moveu para além, o que indica que a sabedoria é realmente um atributo feminino na árvore da vida, não é baixinho?
-Então mais do que tentar trazer alguém para este mundo a deriva, você pode mostrar respeito pelo sacrifício, pela família dela.
-Mas é a omissão que permite que o mundo esteja à deriva.
-Existem muitos caminhos para se agir criança. Você tem uma pequena parte do infinito, que por isto continua sendo infinita em si mesmo.
-Reze por ela, pois ela está ajudando vocês, nas partes invisíveis que os cegos mortais não olham.
-Talvez um dia a humanidade se descubra melhor em corpo e alma, e se torne um povo de mais virtude.
-Como poderíamos fazer para ajudar isto ocorrer?
-Se eu soubesse esta resposta, garoto, eu seria o mais sábio livro jamais escrito.
-Mas tente viver uma boa vida, seja ético no que fazes e preze por virtudes. Eu já te falei isto uma vez, mas provavelmente você estava ocupado demais para ouvir,v ocê pode tentar orientar, aconselhar, exemplificar, mas não pode caminhar, nem tropeçar por ninguém, às escolhas são individuais, só podemos tentar ajudar quando as pessoas decidirem seguir um caminho de evolução, mas isto é sempre com elas, e com você, pois cada missão não é fácil, e segui-la é sempre um esforço diário.
-Então livro, me responda uma coisa, sendo os deuses tão poderosos, porque permitem que estas tragédias ocorram? Porque ela morreu? Porque agora crianças são torturadas em um lugar onde deveriam ser protegidas.
-Isto é uma longa reflexão garoto, talvez outro dia a façamos, agora aproveite o dia. E se der tempo me escaneia e coloca na net. Tenho alguns quadrinhos europeus para conversar.
E Ctaaciug sorri em silêncio para seu livro, mas ele não sabe disto pois não têm olhos densos para ver.
No momento em que ia aparatar, Satrissa fecha os olhos de dor. Não dor nos olhos, mas uma dor que estava sentindo no peito. Viu uma imagem de uma menina morta, onde no chão branco o sangue se encontrava. Pressentia que não poderia prosseguir. Havia algo errado, já sabia daquilo, e temia que fosse com quem pensava.
-Desculpem, meus queridos, mas teremos de dar lugar aos Inomináveis. Hoje não poderemos ir pois o lugar não está propício para duas crianças. Vamos retornar imediatamente para o castelo. - falou, entrando novamente na carruagem e prosseguindo de volta à Hogwarts, fria e distante dos dois, esperando logo chegar.
*Post referente a viagem de Satrissa , Ctaaciug e Marina *
Aconteceu como quando, seu sorvete favorito desliza pela borda da casquinha onde se equlibrava - e quem disse que cones foram feitos para conter esferas? - e depois de tocar na sua lingua - na primeira lambida - vai ao chão. Os olhos observam a delicia se perder, mas a mão não consegue ser tão veloz quanto, e a sensação de impotência, só perde em magnitude para a frustração. Resta na boca ao pequenas particulas que se prenderam nas papilas, e uma sensação de "foi real" permeia o cérebro.
Ao ver o grito de dor, o primeiro indicio se concretizou. Satrissa desistiu da viagem. Lógico que queria o bem estar da professora. Mas será que a mesma tinha condições de dimensionar, o que essa odisséia abortada significava para ela?
Um sentimento mesquinho e vil tomou conta do coração da garota. Apesar do corpo adolescer, os sentimentos ainda eram imaturos e ela não se furtou de deixar isso transparecer, nas lágrimas que rolaram por sua face.
Apertou forte a mão do amigo. De algum modo podia sentir o mesmo conflito dentro dele. Engoliu as lágrimas. Não proferiu uma palavra, apenas olhou mais um vez aos pestonhentos corcéis, negros e esquálidos, e entrou de volta na carruagem.
Não ousou levantar os olhos para a professora. Nuvens negras rondavam suas idéias. Lembrou das histórias do trouxa Júlio Verner, onde os mocinhos passavam por inúmeras aventuras e morriam na praia.
O centro da terra continuou incógnito, a lua inalcansável e Avalon permanece perdida em suas brumas...
Se Ctaaciug pudesse ler sua mente agora, apenas leria: - Fomos enganados. Ela só queria o seu mapa...- mas jamais esse pensamento emergiria a luz da razão. Permaneceria como um dos inúmeros habitantes, das masmorras de sua mente.
Era uma tarde perfeita de inverno, não estava quente, nem frio, apenas agradável, ele voltara ao jardim do coração partido e as flores e as relvas estavam tímidas nesta época do ano, os cheiros mais amenos, mas o movimento de Hogsmade ainda estava distante.
-Tudo tem de estar perfeito, se ela vier.
A tolha colorida na relva, a cesta, remetia as paisagens pintadas como sonhos de Claude Monet.
Ele coloca uma bola de cristal perto de uma árvore, onde ele havia forrado a mesma.
Então começa a desenhar pontos luminosos que continuam firmes depois que ele pronuncia.
-Lumos.
Os pontos vão se tornado pequenas estrelas ofuscadas na tarde, alteradas em cor para padrões específicos, um observador atento iria notar que elas lembram à constelação de libra, perto de uma delas um outro ponto é deixado, menor mais presente.
E ele se senta para aguardar, vestido em uma roupa para a situação bucólica, uma camisa de linho de longas mangas brancas, abertas no primeiro botão, uma calça negra com sapatos e meias de mesma cor, sem jóias ou adornos, recostado na arvore, com uma folha nos lábios, ele pensa.
-O futuro não pode ser previsto certamente, mas pode ser inventado. É a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos, e o que poderemos ser.
Jack andava com passos apressados, seu sobre tudo estava totalmente fechado, uma toca preta cobria sua cabeça e orelhas, e o cachecol preto com listras prateadas estava enrolado no pescoço praticamente congelado do garoto...
O inverno tornava tudo mais bonito... mas tornava tudo MUITO mais frio... E Jack estava congelando nas ruas, Charlie não chegava rapido...
Ele ficaria esperando na fonte de hogsmeade até que a amiga chegasse, e depois eles poderiam se aquecer em uma lareira no três vassouras...
Ja fazia algum tempo que Sibytus e Ctaaciug estavam montando um grupo para impedir o proximo ataque do mascarado, toda vez que Sibytus lembrava disso sua cicatriz doia de tanta raiva, não queria apenas apanhar seu inimigo, mas sim mata-lo, trucida-lo e por sua cabeça a mostra no portão de entrada do castelo de Hogwarts. mas antes ele tinha que convenser a mais uma pessoa dificil a se unir a ele, Jack Vivaldi, a pouco seu rival pelo amor de Marina, mas ultimamente apesar de não se falarem muito, estavam em um ar amigavel e sem rescentimentos.
Sibytus ja havia procurado Jack por todo o castelo até que uma de suas fãs disse a Sibytus que ele estaria em Hogsmead, então Sibytus esta agora procurando Jack pelas ruas de Hogsmeade.
O tempo frio não ajudava muito, Sibytus odiava o frio, deixava as pontas de seus longos cabelos negros congelados.
Sibytus se dirigiu ate a fonte para ver se ele realmente estava lá como a garota lhe informará, e qual não foi a sua surpresa, la estava ele, Sibytus se aproximou acenou com a mão e falou.
-Está ocupado Jack? podemo conversar um pouco? tenho algo a lhe propor...